sábado, 31 de agosto de 2013

Comidas em Dublin

A diversidade de culturas em Dublin é uma das coisas que mais me fascinam na vida aqui, sei que sentirei saudades de estar todo o tempo conhecendo pessoas que vieram de lugares que mal tinha escutado falar. E até daqueles lugares que a gente acha que conhece, tem sempre uma surpresa.

Conviver com tanta gente diferente é uma experiência enriquecedora e divertida.

Entre brincadeiras e trocas de conhecimentos sobre os países, climas, costumes e expressões idiomáticas, o assunto vai parar na cozinha, todo mundo tem aquela comidinha tipica que dá água na boca só de lembrar.

Quem já prestou mais atenção nos supermercados de Dublin, já viu que nas grandes redes há espaço para produtos tradicionais de várias regiões, no Dunnes por exemplo, há uma parte cheia de molhos e coisinhas asiáticas, outra com coisinhas mexicanas, espanholas, etc. 

Além das lojinhas com produtos específicos de cada país que encontramos pelo centro. De vez em quando dou as caras nas lojinhas brasileiras e me abasteço de feijão, farofa e guaraná antarctica. 

A fome curiosidade é tanta que comecei a trocar receitas com as meninas da escola e já preparei noodles asiáticos e guacamole, tem funcionado bastante hehe.

Também aproveito para provar as comidas nos restaurantes, já faz tempo que troco fácil balada por comida, viu? E tem vários estabelecimentos com precinhos camaradas, sou tão gordinha que tudo me agrada, da culinária turca a tailandesa, da mexicana a indiana.

Gosto de ir ao Epicurean Food Mall, é como uma praça de alimentação de um shopping com vários pequenos restaurantes de comida grega, italiana, turca, irlandesa, japonesa e brasileira. Muitos tem o buffet livre por 8 ou 10 euros. 

Sempre que quero comer carne, passo no restaurante brasileiro do Food Hall, o Fusion Brazilian Grill. Pago 9 e pouquinho e recebo um prato bem servido com carne, arroz, salada e batata frita. 

O restaurante japonês é comandado por brasileiros também, não é tão barato, mas sushi definitivamente não é barato em Dublin (pelo menos nunca encontrei um lugar em conta). E já comi uns sushis muito dos sem graça, lá no Rafa's Temaki pelo menos é gostosinho.

Nos últimos dias meu achado foi o bar-restaurante Wok Inn Noodle Bar perto da rua dos cafés, a caixinha cheia de noodles de camarão custou 6 euros (o prato mais caro), pelo movimento deu para perceber que eles têm uma clientela fiel.


O outro achado foi de comida mexicana em Dublin 2, o Tuzo Mexican Kitchen é uma graça, o preço é bom, o burrito veio tão cheio que deu trabalho para comer e estava uma delicia. Paguei 7 euros no combo de estudante: burritos + uma latinha de coca-cola.


Ai que fome hehe! Abraço! ;)


Endereços:

Epicurean: 1, Liffey St Lower, Dublin 1. 

Wok Inn: 45, Lower Stphen Street, Dublin 2.

Tuzo: 51b, Dawson Street, Dublin 2.

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

21 semanas de inglês na Irlanda

Tenho recebido alguns e-mails de pessoas querendo saber sobre a U-Learn, se a escola é séria, se vale a pena pagar o curso lá, etc.

Ia esperar terminar o curso para fazer um post dedicado à escola, mas em 4 semanas acho que pouca coisa pode mudar em relação ao que eu penso, já tive tempo suficiente para formar uma opinião.

A escola definitivamente não é uma escola de vistos, eles são sérios e o custo não é baixo, paguei 1810 euros pelo pacote de 25 semanas de inglês. O preço atual é 2200.

A localização é excelente, em frente ao parque Stephen's Green, com estação do luas e paradas de ônibus a poucos metros, facilitando o acesso desde qualquer ponto da cidade.

Nesses dias lindos de verão, tivemos várias aulas ao ar livre lá no parque, íamos com o professor, fazíamos uma roda e aulinha de inglês, era divertido.

A estrutura é boa também, o prédio tem 3 andares, a wi-fi funciona, tem cantina com café, chá e leite grátis. A biblioteca deixa a desejar.

As salas tem um tamanho adequado, todas tem um quadro e rádio que usamos para alguns exercícios. Nos dias frios, a calefação/estufa funcionava direito. Nos dias mais quentes, bem, a Irlanda não está preparada para dias quentes rs.



Os professores em geral são bons, claro que achava alguns mais competentes do que outros, mas não teve nenhum que parasse para pensar 'que porra essa pessoa acha que está fazendo?', todos pareciam seguir um plano de aula, um roteirinho.

A escola também tem um calendário semanal de atividades, geralmente de quarta a sexta há algum programa, visita a museus, cinema, pubs, etc. E uma vez por mês rola um day trip, os preços costumam ser mais baratos do que as excursões que encontramos pelo centro da cidade.

Uma pergunta frequente: tem muitos brasileiros? Não, somos pouquíssimos! 

Nesses 5 meses de curso, dividi a sala com dois brasileiros que vieram só por 2 semanas, depois com uma brasileira por 1 semana e logo mudei para o turno vespertino e por fim com outra brasileira por 1 mês, ou seja, das 21 semanas de curso, apenas em 7 semanas estudei com outros compatriotas, nas demais era a única da sala.

A U-Learn trabalha muito com estudantes europeus e coreanos. De manhã tem bastante coreano, de tarde a maioria é italiano ou espanhol. Já cheguei a ter metade da turma com espanhóis e a outra metade italianos.

Aí você me pergunta se a escola é perfeita e eu digo não, não existe escola perfeita. Na verdade vejo que escola de inglês em Dublin é um grande negócio. Achava que o cursinho que fiz na adolescência lá no Brasil acompanhava muito mais o meu aprendizado, evolução no idioma, por exemplo.

Na U-Learn sempre achei eles muito abertos a escutar os alunos, tudo que eu solicitei, trataram de resolver. Os diretores são muito bonitos simpáticos. Mas se você não pedir nada, ninguém vai te perguntar se você precisa de alguma coisa, se está com alguma dificuldade ou perceber que você não está avançando.

Lembro da professora do cursinho sentar comigo e dizer "você precisa melhorar tal coisa, vou te passar uns exercícios para trabalhar isso". Não é ser babá nem ficar atrás de ninguém, devemos ter auto-critica e  correr atrás de muita coisa sozinhos mesmo, mas nesse caso vejo uma orientação de uma pessoa que tem condição de avaliar melhor e indicar um caminho, seguir ou não sempre será a opção do aluno. Talvez sinta falta desse acompanhamento e retorno mais personalizado.

A minha queixa com a escola começou com o verão e os milhares de estudantes europeus desembarcando na ilha para cursinhos rápidos, de repente a escola ficou lotada e eu incomodada.

Era muita gurizada, salas com 15 pessoas e professores se virando nos 30 para dar conta de todo mundo. Chegou uma semana que fomos 17 na turma e eu abri o bocão para reclamar.

Reclamei que tinha gente demais, disseram que no verão realmente tinham mais alunos e perguntei se iam fazer alguma coisa. Nas semanas seguintes trataram de manter as turmas com 14, 15 alunos. E eu pedi 2 semanas de férias porque cansei.

Outro ponto que acho que poderia melhorar é sobre a mudança de nível, basicamente você muda quando tira 90% na prova semanal. 

Do contrário vai ficando... pelo menos foi o que aconteceu comigo, passei 6 semanas no pre-intermediate e 14 semanas no intermediate até o dia tirei 90% e fui para o upper, não acho o método mais eficiente para avaliar o aluno.

Ai, escrevi um livro, para terminar, diria que de forma geral e com tudo que leio/escuto de outras escolas, acho que o curso na U-Learn vale a pena, só não recomendaria começar as aulas entre junho e agosto. 

No inicio dessa semana passei numa escola que nem era tão mais barata que a U-Learn para averiguar o curso do FCE e sai correndo, um prédio estranho, fiquei 15 minutos subindo e descendo procurando alguém para me atender, vi alunos esperando também com cara de insatisfação e fui embora sem a informação que queria. 

Há muitas escolas pouco organizadas (sendo boazinha hehe) em Dublin, então antes de fechar um curso esclareçam todas as dúvidas, até aquelas que vocês acham bobas. 

Ops... estou escrevendo um monte de novo hehe... boa sorte aos futuros intercambistas! ;)

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Malahide

Escutei mil opiniões diferentes sobre o castelo de Malahide, muitos dizem que valem a pena conhecer um dos castelos mais antigos da Irlanda - que já estava erguido antes das primeiras naus e caravelas portuguesas chegarem ao Brasil e iniciarem o processo de colonização do nosso povo nativo e território, confesso que acho esses detalhes surreais - e também vi muita gente dizer que o preço da visita não compensa o que é oferecido.

Não tenho uma opinião formada porque não entrei no castelo. Decidimos do nada ir a Malahide, já passava da hora do almoço quando fomos ao centro de Dublin pegar o Dart sem saber exatamente o que fazer ou encontrar quando chegasse.

Entre esperar o trem e fazer o trajeto levamos uns 45 minutos e o ticket ida e volta custou 5,80 euros (se não me engano rs).


Da estação fomos direto à famosa atração do vilarejo, há uma placa sinalizando o caminho, é muito perto, menos de 5 minutos de caminhada e já entramos no parque onde fica o castelo.

O parque é bem grande e verde, como era fim de semana tinha muita gente, turistas e famílias inteiras desfrutando o espaço livre.

Ficamos um tempo por aí, tiramos fotos e antes de avaliar se valia a pena ou não pagar a entrada, a fome falou mais alto e saímos à procura de um lugar para comer.


E nessa busca conhecemos o centrinho de Malahide que achei lindo, depois seguimos para a orla e marina, me senti num balneário de ricos e famosos, tudo impecável, apartamentos com vista ao mar e barquinhos estacionados. 





Só achei estranho não ver nenhum movimento nessa área, ninguém curtindo sua varandinha ou chegando/saindo de lancha, uma quietude enorme.

Escolhemos o pub Gibneys para almoçar (a essa altura quase jantar), o espaço é amplo e quase não havia mesas livres, estava cheio de tiozão e tiozona bebendo conversando animados, depois rolou música ao vivo - com uma banda também formada por músicos não tão jovens - e o pessoal ficou ainda mais empolgado.

Descobri que pub de tiozão é minha praia hehe, me senti super a vontade.




E a comida é boa, pedi um prato de fish and chips, aliás já contei que sou viciada nisso? As pessoas costumam reclamar da comida irlandesa, mas eu fico satisfeita com peixe e batata frita, gente! ;)


                                Há perdão para blogueiro que tira foto de comida!

Antes de entrar nos chamou a atenção o termo wine pub, porque pub e cerveja é uma combinação clássica, mas no Gibneys há também uma variedade boa de vinhos por taça, geralmente os pubs vendem a garrafa e oferecem poucos rótulos para quem não quer tomar uma garrafa inteira, e encontrar opções para bebericar com a comida foi algo que nos agradou bastante.

Ficamos um pouco mais na pista e depois seguimos para a estação do Dart com vontade de voltar para outra tarde de música, vinhos e fish and chips em Malahide, e quem sabe com a visita ao castelo incluída no roteiro! ;)

Abraço!

domingo, 18 de agosto de 2013

Café em Dublin

Adoro um café, não a bebida em si, mas os lugares onde é possível comprá-la! ;)

E aqui em Dublin temos uma variedade enorme de cafés charmosos. 

Descobri uma rua lá perto da movimentada Grafton que concentra vários estabelecimentos e hoje já posso dizer que encontrei meu café preferido nessa cidade.


Vale dizer que 3 coisas me conquistaram: o brownie de chocolate mais gostoso do mundo, o preço do café e a garçonete simpática.

                                   Como não amar essa belezura por 2 euros?

Lembro que no primeiro dia que fui ao Busyfeet And Coco Cafe tinha passado antes no famoso Bewley's Cafe, vimos uma mesa vazia com vista para a rua e fomos direto para esse lugar, uma criatura mal comida humorada apareceu dizendo que não podiamos subir porque estava cheio e ela quem deveria nos encaminhar para os lugares livres. 

Dez segundos antes vi uma mesa vazia, mas ok. Acompanhei com a melhor cara de paisagem porque o namorado é um ser discreto e fica constrangido quando retruco as pessoas, não que eu faça barraco, não tenho nem voz digna para fazer barraco! Mas posso ser bem chata com gente grosseira. 

Andamos pelo belo salão e num canto tinha um sofazinho com 2 mesinhas, a pessoa doce apontou e avisou: é essa mesa que temos disponível. O lugar realmente estava lotado, mas não justifica o mal atendimento. 

Sentamos, pelo menos tentamos, e foi estranho disputar o espaço com uma gordinha que ficou vermelha com tanto contato físico entre nós.  

Concordamos que já tinha dado o que tinha que dar, foi a primeira e última vez no tal do Bewley's.

Então chegar em outro lugar para tomar o bendito café do dia e ser recebido com um sorriso no rosto e perguntas cordiais como 'onde preferem ficar?', 'posso ajudar?', foi um ponto destacável.

                                                      Fonte: Facebook do Busyfeet


Ainda vou experimentar os cafés vizinhos! ;)

Aí também nessa região encontrei uma casa de chá incrível, nunca tinha visto tanta variedade, tem todo tipo de chá que podemos imaginar, de ervas, frutas, até de açaí e guaraná encontrei! A decoração é linda e o aroma uma maravilha.


Endereço de Busyfeet: 41/42 South William Street, D.2 Dublin

Abraço!

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Primeira entrevista

Tenho mandado muitos currículos desde que cheguei na Irlanda, geralmente recebo aquelas respostas clássicas que vão de um direto 'não foi dessa vez' a conversinhas de recursos humanos de 'obrigada pelo interesse', 'estamos com seu cv, qualquer novidade no seu perfil entraremos em contato', etc. 

Nessa brincadeira já me candidatei a vagas no Facebook, Google, Twitter, Youtube, as empresas dos sonhos. E também já mandei e-mail para vagas de au pair live out nas casas das vizinhas do bairro.

A maioria das vagas que tenho me candidatado é para call center e outras vagas que requerem conhecimentos de português e espanhol.

Já trabalhei em call center quando morei no Uruguay e para ser sincera achava a atividade repetitiva e precisava de muito controle emocional para lidar com as constantes patadas dos clientes.

Achei que a experiência tinha cumprido sua função e já não me via trabalhando atendendo telefone... mas o mundo dá voltas, encarei outro intercâmbio e descobri que tem bastante oferta de emprego em call center aqui em Dublin e com salários bem interessantes.

Aí haja enviar currículo... e comecei a receber umas respostas mais animadoras! Hoje fiz uma entrevista, passei 1 hora respondendo perguntas pessoais, fazendo provinha de informática e uma simulação.

A vaga é para vendas em espanhol e a simulação focava em clientes mal humorados e insatisfeitos com uma operadora de celular, não podia evitar as lembranças dos meus conflitos com a Oi e Claro! 

Julgando pelas perguntas sempre puxadas para o tema de como você reage com frustrações, grosserias alheias e tarefas repetitivas, deu para sentir que o trabalho mexe muito com essas emoções.

Todas as instruções foram em inglês e na simulação tive que escutar e marcar opções, foi um alivio não ter que falar, mas era tudo muito rápido e eu não conseguia checar as informações corretamente.

Tipo um cliente de mentirinha perguntava qual era o o plano que ele tinha contratado e se havia outra opção melhor, e eu me perdia procurando o plano da criatura e os outros que podia oferecer e aí o tempo acabava, já entrava outra pergunta, sem contar que escrever os sobrenomes dos personagens era terrível, as vezes errava e não abria o formulário para checar as informações das perguntas, então chutava.

No final me diverti, acho que relaxei com as expectativas, agora estou aguardando uma resposta...

Abraço! ;)

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Dún Laoghaire, Dalkey e Killiney

Ainda no fim de semana que estavamos com o carro alugado, fomos conhecer as praias aqui perto.

Não há necessidade de ir de carro, o Dart cobre todos essas cidadezinhas e é bem fácil e barato chegar nelas.

Nossa primeira parada foi Dún Laoghaire e parecia dia de festa em todos os pontos da orla! Muita gente tomando banho de mar, pegando sol nas pedras ou em qualquer espaço verde livre e eu fiquei super empolgada com o climão praia e verão de viver.


Paramos o carro e andamos por uma parte da orla onde tinha uma galera reunida, era gente indo e vindo, bóias para os pequenos, barraquinha de cachorro-quente, sorvete e até um carinha no meio da rua fazendo voz e violão rs! 



Entrei no mar até quase a cintura (é, acho que perdi a chance de um mergulho digno no mar irlandês, porque não creio em outra onda de calor e não sei se estarei aqui no próximo summer time) e depois fiquei nas pedras olhando o povo que se jogava feito criança fazendo tibum na água.

A parada seguinte foi Dalkey e simplesmente me apaixonei pelo lugar, uma das vilas mais fofas e coloridas que já vi nesse país!


Há uma área com uma feirinha e casinhas que vendem artesanato, sorvete e quadros, tem restaurante aí também e uma galeria que vende estruturas de ferro para decoração em jardins, não tenho um jardim, mas quis comprar várias coisas, achei phyno rs.




Em Dalkey tudo é bonitinho, gente! Até o açougue te dá vontade de entrar para olhar e aí não resisti a uma padaria com doces tentadores à mostra, pintei o dia com açúcar.

Depois seguimos para Killiney, nos perdemos tentando encontrar a praia, já estavamos quase desistindo quando vimos um beco e uma escadinha, era assim o acesso a praia e os cabeções procurando um caminho onde pudesse parar o carro quase em frente ao mar hehe. 


Em Killiney ficamos horas jogados na areia nas pedrinhas, por vezes até esquecia onde estava, era tudo tão familiar que nem parecia que era a primeira vez que estava ali.

                                                    Tá fria! :P

Dizem que o Bono do U2 tem casa nesse lugar, até pensei que conseguiria achá-la meio que por acaso, como se tivesse uma placa 'casa do vocalista famoso a 100m' ou fãs histéricos sinalizando o local, né? 

Não procuramos nem passamos pela frente, ou talvez passamos e não percebemos, vai saber...

Já quase caindo o sol, voltamos a Dún Laoghaire, andamos pelo pier enorme ao lado do parque de diversões (um dia volto para andar nos brinquedos rs!) e voltamos pra casa cansados, sem areia no corpo - achei o máximo isso haha - e cheios de gratidão com a senhora Irlanda e essas coisas lindas do caminho! ;)



Vestidos assim nem parece que passamos o dia na praia, mas depois de ter passado frio em alguns lugares, aprendi que no fim de tarde sempre fica fresquinho e na dúvida passei a levar uma legging e uma camisa na mochila! #sobrevivência

Abraço! ;)

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Glendalough Park

Já começo dizendo que morri de amores pelo Glendalough Park, que lugar maravilhoso!

Alugamos um carro num final de semana e fomos explorar essas vilas irlandesas que de tão fofas até parecem de mentira, juro que as vezes me sinto em cenário de filme.

Caímos na estrada e em pouco mais de 20 minutos, a paisagem começou a mudar, tudo ao nosso redor era verde, esse verde intenso e belo que facilmente encontramos por aqui, mas que ainda nos impressiona bastante.

Outros 20 e poucos minutos e lá estavamos procurando um lugar para estacionar no parque. Acho que levamos mais tempo na fila do que viajando desde Dublin (de Sandyford mais especificamente).

O parque estava cheio, mas a paz reinava absoluta, poderia ter cochilado sob a sombra de uma árvore se quisesse rs. 

A área do Glendalough é enorme, há trilhas, campos, lagos, então todo mundo encontra um lugarzinho para chamar de seu,  fácil entender porque tanta gente teve a mesma ideia de ir para aproveitar o dia ali. 







Arrependimento número 1: não ter levado trajes de banho rs! O dia estava quente e o lago divino, a água fria na medida, muita gente estava de boa na lagoa se refrescando feliz da vida. 

Arrependimento número 2: não ter levado uma cesta cheia de delicinhas para um piquenique completo.

Andamos pelo parque, molhei os pés no lago, tiramos fotos, subi em árvore - um pouquinho envergonhada nesse momento porque só crianças subiam, né? Mas era uma árvore engraçadanão fui criada em playground e não resisti rs - e voltamos ao estacionamento para comer algo (lá tem banheiros, lanchonete e sorveteria). 

Falando em sorvete, ou é o mesmo fabricante ou eles usam a mesma receita nessa ilha, porque em todos os lugares o sorvete tem o mesmo gosto de casquinha do Mc Donalds!


                                                     Fila do sorvete!

Depois foi tempo de ficar jogado na grama sem fazer nada até dar vontade de ir fazer uma trilha.

Escolhemos um caminho que acompanhava o Upper Lake, dizia dificuldade easy, mas cansei, viu?  Essa trilha são 5km de caminhada, todo o trajeto é plano, então não precisa ser atleta para fazer e vale muito a pena.





                                                                Pedra sapo! :)

                                                 
Antes de voltar para casa, paramos no monastério de St. Kevin, construções do século VI, gente! 

Aí encontramos uma torre de 30m, um cemitério cheio de cruz celta e ruínas do centro criado pelo santo, há construções que seriam a catedral, igreja, cozinha, etc.





Ah, ao lado do monastério há um hotel, um pub, restaurantes, mais parque e flores dando um toque mais colorido ao verde! ;)


Um passeio que definitivamente recomendo!

Abraço!

domingo, 11 de agosto de 2013

Peixinho fora d'agua

Quando pensei em fazer esse intercâmbio beirando os 30, pensei que já tinha aprendido muita coisa nessa vida de meu Deus e estava certa que o processo de adaptação seria uma coisa mais fácil de lidar.

Estava morando fora do Brasil há 2 anos, estava habituada a saudade, as diferenças culturais e climáticas, a outro idioma, já tinha passado pelas fases que uma mudança assim provoca: encantamento, frustração, identidade com o novo lar e percebi que na real com dedicação e paciência tudo se ajeita.

Bonito, né? Mas na prática foi muita ingenuidade achar que passaria por um novo turbilhão de emoções encarando tudo com tamanha sensatez.

Muitas vezes falta paciência para dar tempo ao tempo, falta paciência para encontrar minha turma e aí surge essa sensação de ser diferente.

Não me identifico com a maioria dos intercambistas, sou casada, não moro no Centro, não estou curtindo a vida louca, não tenho mil amigos brasileiros (minha escola quase não tem brasileiros). 

A maioria dos estudantes - pelo menos os que eu conheço - estão naquela vibe de bar em bar, de mesa em mesa, tomando cachaça, tomando cerveja. Não julgo, cada um vive do jeito que quer. 

Eu até tentava acompanhar pelo menos uma ou duas vezes por mês, porque gosto de gente, gosto de música, mas as pessoas insistem em ir aos mesmos lugares com o critério apenas da cerveja barata. 

Se é para beber, fazer um happy hour ou que seja, acho mais negócio tomar 1 pint num pub decente do que tomar 3 pints na Diceys toda semana! #ProntoFalei

Conheço muita gente querida em Dublin e a cada tanto trocamos mensagens ou nos encontramos pela cidade, mas é isso: a cada tanto. Com muita gente o carinho é reciproco, mas nossas atividades não. 

E a coisa vai ficando repetitiva e vou me sentindo mais deslocada dos outros. E a saudade de casa vai crescendo, uma vontade de encontrar os amigos, aqueles para chorar as pitangas e ouvir umas verdades na cara, sabem?

Não sei qual o sentido do post-desabafo rs, só estava aqui com meus botões pensando nisso... talvez um dia leia e dê risada dessas emoções, ache meio bobo, ou não! ;)

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Edimburgo

O último dia começou preguiçoso, acordamos mais tarde e antes de ir turistar, tivemos que passar no trabalho do dono do quarto que alugamos pelo AirBnb para deixar as chaves e nossas malas.

Ele trabalha numa 'cooperativa artística', é um prédio onde cada sala é ocupada por profissionais ligados à arte: pintores, dançarinos, músicos, artesãos, etc. Achei bem interessante o projeto e foi muito legal conhecer o espaço, sem contar que a cobertura do edifício tinha uma vista maravilhosa da cidade e do Artur Seat.



O dia estava digno de ser chamado verão, céu azul, muito sol e todo mundo insistia para que subíssemos o Artur Seat, acredito realmente que seja incrível lá em cima,  mas faltou disposição para escalar subir o morro.

Daí partimos para o centro, faltava visitar o famoso Edinburgh Castle... só não contava que o sábado estaria uma loucura, muita gente esbarrando, filas, toda sorte de excursões sendo oferecidas no caminho, fiquei agoniada! 
Encarei a fila do castelo por alguns minutos, mas a coisa não andava e fomos procurar uma sombra.

Cruzamos com o William Wallace, desviamos das pessoas posando para fotos e paramos no The Scotch Whisky Experience. Fui pensando em comprar um whisky de recordação e terminei fazendo a visita.



Na real? Esperava mais da visita, a guria que conduziu nossa degustação era chata e impaciente. 
Tá, tinha muita gente, turista geralmente é um bicho sem noção - eu sou turista e pago meus micos, rá! - mas a mocinha trabalha com isso e um pouco de simpatia não faz mal a ninguém. 
Nem piadinha pronta rolou, ela apresentou as regiões escocesas que produzem a prestigiada bebida nacional com zero entusiasmo.

Compramos a visita 'gold' achando que tinha alguma diferença além da quantidade de whiskys para degustar, sei lá, pelo menos alguém guiando a parada. 

Mas a coisa funciona igual independente da visita escolhida (seja silver, gold, etc), todo mundo pega o trenzinho em forma de barrica e assiste uma animação (acho que foi a parte mais interativa rs).

Depois do passeio, esperamos formar um grupo e aí entrou todo mundo junto numa salinha, passou um vídeo, a criatura mal humorada deu uma explicação e pediu para escolhermos um whisky para provarmos.

                   Esse senhor vai contando todos os detalhes no passeio do trenzinho...

                                                   Fermentando! :P


Você escolhe o whisky, bebe e vai visitar a coleção de garrafas, ela deu tipo uns 3 minutos para olhar as milhares de garrafas, mas ok. 


Acabou a visita e eu fui correr atrás dos meus outros drinks: um senta lá Claudia daqueles, ficamos no bar esperando algum garçom terminar de atender vários grupos de pessoas felizes no embalo do meio dia... e quando finalmente trouxeram nossos copinhos duvidei que fosse conseguir provar tudo.

Não sou muito fã, mas já que estava na Escócia queria bebericar bons whiskys! Então não precisava ter comprado 2 visitas 'gold', bastava uma que os copinhos servidos alcançavam para nós dois provarmos e irmos embora satisfeitos.  



Sim, terminei tomando todos os bons drinks porque foi caro e já estava ali mesmo rs.

Depois dessa experiência, precisavamos comer! E a escolha foi um dos 31465 restaurantes de comida italiana do centro. Na saída, para terminar de enfiar o pé na jaca, passamos na divina Patisserie Valerie (comprei tortas todos os dias, tudo delicioso e o take away é mais barato que sentar para comer).


Antes de pegar o Airlink para o aeroporto, andamos mais pela Royal Mile e Prince Street já certos que voltaríamos, quem sabe em dezembro com os festivais e feirinhas de Natal!?



Ah, para os fãs de Harry Potter, andar em Edimburgo é como estar nos livros, eu jurava que a qualquer momento iria cair no Beco Diagonal ou em Hogsmade! 

Lá dá para fazer tours percorrendo vários lugares da cidade que inspiraram a escritora JK, não fiz porque só descobri isso no último dia quando fuçava o mural do café The Elephant House - kuen kuen - certeza que iria me divertir muito e talvez o melhor seria a cara do namoradão acompanhando o tour sem entender absolutamente nada rs! 


                                              Hogwarts feelings....

O Rick fez esse rolê Harry Potter e contou lá no Livin' La Vida como foi esse passeio! :)


Nota mental: não esperar 3 meses para escrever sobre as viagens hehe.