segunda-feira, 27 de maio de 2013

Encontro com Oscar Wilde e comida brasileira

Domingão de sol e passeio no centro da cidade que terminou com almoço/jantar num restaurante brasileiro lá no Temple Bar.

Empolgados com o festival nas Docklands do último final de semana, fomos no Merrion Square conferir o Dublin City Soul Festival, um evento que ocorre desde 2007 e visa arrecadar fundos para uma instituição que ajuda crianças carentes aqui na Irlanda. 

Na programação constavam apresentações, musica ao vivo, barraquinhas de comidas e inspirava as pessoas a viverem e compartilharem essa sensação de fazer o bem, ajudar o próximo. A entrada era free, mas os organizadores deixavam clara a importância das doações para a sobrevivência do projeto.

Chegamos no parque e tinha uma fila considerável para entrar na área do festival. Desistimos de esperar e fomos aproveitar o sol e o resto do parque, e aí encontramos o digníssimo Oscar Wilde!


Oscar Wilde é uma das figuras irlandesas que tenho mais curiosidade e interesse em descobrir mais a respeito, talvez por sua história de vida intensa que afrontava os padrões da época  ou pelas famosas frases curtas, diretas e fortes das suas obras.

O bom é que encontro todos os livros dele a preços camaradas nas livrarias de Dublin.

Encontrei também alguns títulos disponíveis para download grátis e baixei O Retrato de Dorian Gray (link), mas não está fácil para meu nível de inglês e tenho uma certa resistência com material on line, necessito pegar o livro, folhear, levar na bolsa para passear comigo rs...

O parque vale a visita, é muito bem cuidado, tem bastante espaço livre para descansar, tem várias outras estatuas e monumentos em homenagem a pessoas e fatos marcantes da história irlandesa.

Na região do Merrion Square em Dublin 2 encontramos ainda os prédios em estilo georgiano com as portinhas coloridas, o The National Gallery of Ireland e o National History Museum.

Ah, estava quase esquecendo de comentar da comida brasileira do dia, fomos no restaurante Taste of Brazil e pegamos a promoção do horário das 16h às 18h: entrada + prato principal + 1 copo de refrigerante por 9,99 euros.  

Pedi o escondidinho de frango de entrada e filé de frango à parmegiana.  Meu namorado pediu o pão de alho e a feijoada. 

Gostei das comidas e dos preços, voltarei quando a saudade apertar e a preguiça não der conta do ritual de preparar feijão sem panela de pressão! ;)

Abraço!

domingo, 26 de maio de 2013

3 meses morando na Irlanda

Já completamos 3 meses vivendo nessa terra verde. 

Pensei em muita coisa para escrever, mas não consegui construir nada que fizesse sentido...

Fiz tópicos com cada coisa que fui lembrando dessa experiência, achei mais fácil rs! ;)


- No dia que chegamos aqui (23/02), a maior surpresa foi ver o avião pousando e a neve caindo: quem poderia imaginar?! Talvez seja  uma forma da cidade dar as boas-vindas, porque na primeira vez que pisei aqui - em dezembro de 2010 - também fui recebida com neve.

- Ficamos 10 dias num apartamento temporário que conseguimos pelo AirBnB dividindo com um casal gay, um polonês e um inglês. Depois mudamos para uma homestay, tipo de acomodação que nunca pensamos em morar.

- Levou mais tempo conseguir um apartamento e custou mais caro do que tinhamos previsto. Pela questão do preço decidimos dividir o apartamento com outro casal, antes de viajar a ideia era um canto só nosso.

- Dividir apartamento não é tão ruim.

- Acostumei com o interruptor do banheiro do lado de fora. E com as coisas modernas da casa, achava estranho cozinhar sem ver fogo/chama saindo do fogão.

- Meu nome para os irlandeses é Djamêla e até já me peguei falando "Prazer, Djamêla" quando conheço gente nova.

- Falo mais em espanhol do que inglês ou português. 

- Estudei com uma menina da Ilha da Reunião e fui no Google Maps ver onde ficava.

- Conheci na escola um menino do Sri Lanka que sabe toda a letra e coreografia do Ai se eu te pego. Fico passada com essas coisas rs! 

- Achei que seria mais disciplinada e esforçada com o estudo do inglês, mas ainda há tempo de virar o jogo... 

- Já vivi as quatro estações em 5 minutos, com direito a chuva, neve, granizo, sol, céu azul e céu cinza, sério!

- Sei o preço das coisas que compro com mais frequência no mercado e adquiri uma mania irritante, a pessoa vai registrando as compras e eu vou acompanhando o preço mentalmente. #louca

- Aprendi também a comprar pelo menor preço - geralmente os produtos com a marca do mercado. St. Bernard I love you (marca do Dunnes).

- Ainda esqueço a sacola quando vou no mercado e já fiz muito malabarismo trazendo as compras na mão.

- É possível encontrar tudo do Brasil nas lojinhas brasileiras, sai mais caro, mas você acha. Quando digo tudo é tipo tudo mesmo, exemplo: azeite de dendê, erva para chimarrão, guaraná antarctica, não me espantaria encontrar uma baiana vendendo acarajé na Grafton qualquer dia desses! :P

- Tem muito brasileiro vendendo delícias típicas, muita gente que vende coxinha, esfiha, pastel, bolo, etc. Já comprei algumas coisas e não me arrependi nenhuma vez. Tem restaurantes brasileiros também.

- Acompanhei barracos no grupo classificados do facebook e sempre vejo gente vendendo de escova de dente roupa usada a remédios, cigarros ou passando vagas.

- Outra mania que peguei aqui foi checar a previsão do tempo! Quase todo mundo que conheço tem o aplicativo no celular e/ou computador! 
É provável que você se renda a esse vício e até publique os prints da temperatura na timeline das redes sociais! :P


- Fui na tão falada Diceys. Para quem ainda não conhece a fama, é um bar que na terça-feira vende a pint por 2,50 euros, tem muito estudante - não só brasileiros como os próprios brasileiros dizem, o pessoal da minha escola por exemplo (espanhóis e italianos em grande maioria) frequenta to-da semana. 
Daí na quarta-feira aparece gente dizendo que teve celular, bolsa, carteira, mochila, casaco furtado! Fui 2 vezes lá, na primeira vez voltei sem meu cachecol, pensei que não tinha valor, ninguém ia dar bola e deixei apoiado na bancada onde estava, alguém achou ele muito bonito e levou. Da outra vez voltei com todos os meus pertences. 

- Aprendi a fazer uso do ditado em espanhol "al mal tiempo buena cara" e já não fico de tanto mimimi com o clima que por sinal anda bem agradável agora.

- Mudei minha visão sobre os coreanos. Não que eu tivesse uma antes, mas depois de conviver com tantos queridos, generalizei e passei a simpatizar demais com todo e qualquer coreano. 

- Estou pobre! Incrível como dá para gastar os ricos 3 mil do visto sem se dar conta... cada extrato uma emoção.

- A saudade de casa é enorme! Apesar de estar gostando da experiência, confesso que já pensei em voltar antes de completar 1 ano.


Curiosa a sensação de terminar essa lista, tão pouco tempo e já passamos por tantas coisas aqui... e pensar que ainda faltam mais 9 meses! ;)

Abraço!

sábado, 25 de maio de 2013

Docklands Festival

Na semana passada li na internet sobre o festival que ia acontecer nas Docklands aqui em Dublin, olhei a programação e confesso que nada me chamou muito a atenção, só fiquei mais animada para ir ver as barraquinhas de comida mesmo!

Levantei no domingo e o dia estava lindo, ensolarado, senti uma energia tão boa deixando tudo com um toque mais feliz que tive que sair de casa e espalhar toda essa energia por aí.

Lembramos do festival e decidimos dar uma passada lá, uma das coisas mais legais que já fiz aqui!



Não tanto pelo festival em si, chegamos tarde e não vimos as atividades na água e tal, mas o clima do lugar estava maravilhoso, ainda não conhecia as docas e canais do lado sul e tinha muita, muita gente curtindo o sol e as barraquinhas do evento.

Chegando próximo a área do festival, vi um burburinho com pessoas em volta, curiosa fui ver o que era porque tinha um cheiro bom (sempre gordinhae estavam gravando um programa culinário na rua! Foi bacana assistir um pouco e ver o carinha preparando tudo, repetindo o que saia errado, etc.  


Entramos no Waterways Ireland sem nem saber do que se tratava exatamente e andamos aí pelos piers do canal, vimos os barcos, tomamos sol... uma sensação de estar em outra cidade!  Para lembrar que estavamos mesmo em Dublin corri para buscar um prato de fish and chips e almoçamos sentados no chão do pier mesmo, uma delicia!





Andamos mais por Docklands, comi mais porque ninguém resiste a morango com chocolate em calda, né? E voltamos ao centro dessa vez caminhando pelo passeio às margens do Rio Liffey.

Indo em direção ao rio comecei a escutar sertanejo universitário - ou seja lá como chamam - e fiquei intrigada querendo saber de onde saia aquela música, até chegar na esquina: encontramos o Cisne Branco, o navio veleiro da marinha brasileira, atracado aí e cheio de gente visitando.

Seguindo o passeio, cruzamos a ponte Samuel Beckett que sempre ficava de pesquisar porque é tão parecida com a Puente de la Mujer em Buenos Aires, e hoje finalmente procurei no Google: elas não guardam nenhuma relação especial mais que terem sido projetadas pelo mesmo arquiteto, mas achei interessante que o desenho da ponte daqui foi inspirado numa harpa, um dos símbolos da Irlanda, como nunca tinha percebido antes? :P

Ainda nesse calçadão que margeia o rio podemos encontrar o Jeanie JohnstonTall Ship e Famine Museum, trata-se de uma réplica do navio Jeanie Johnston que navegou entre os anos de 1847 e 1855 levando cerca de 2.500 irlandeses para a América do Norte numa viagem que durava sete semanas. A visita custa 7,50 para estudantes.


Por aí também estão as esculturas conhecidas como Famine Sculpture em homenagem às famílias que emigraram buscando a sobrevivência no período da grande fome irlandesa.


O dia estava ótimo para andar de bicicleta, Dublin tem um sistema de bicicletas públicas onde podemos alugá-las a preços módicos e há 40 estações de entrega/retirada das bikes na cidade.


Vou fazer meu cartãozinho já para aproveitar esses dias lindos que andam aparecendo por aqui, e se me virem pedalando não riam, tá? #desastrada

P.S.: nesse post a Tarsila do Vida na Irlanda explica direitinho como usar esse serviço.

Abraço!

terça-feira, 21 de maio de 2013

St. Stephen's Green Park

É um dos lugares que mais gosto nessa cidade!

Acho incrível como podemos sair da correria do centro e encontrar um lugar tão lindo para desfrutar a tranquilidade em questão de minutos!



A primavera custou a chegar em Dublin, mas agora que ela deu as caras está tudo mais colorido e cheio de vida. E quando o sol também resolve aparecer não há nada melhor que ir lagartear no Stephen's Green!

Minha escola fica em frente ao parque, apesar de não passear lá todos os dias, é muito bom saber que ele está ali do lado todo verde e florido me esperando.





Um dado curioso é que o parque já foi de uso exclusivo dos residentes do bairro, na época essa zona era formada pela elite da cidade que controlava o acesso ao interior do mesmo.
No ano de 1877, sob iniciativa de Sir Arthur Guinness, o acesso livre foi retomado e todos os habitantes de Dublin puderam aproveitar o espaço.

Segundo o wikipédia, o próprio Guiness pagou em 1880 o redesenho do parque que desde então se mantém sem grandes alterações. Em agradecimento ao seu trabalho, no interior do parque há uma estátua em sua homenagem.

Já me sinto em casa, só está faltando fazer um piquenique qualquer dia desses! ;)

                   
             Parque lotado no final de semana, ainda assim é tranquilo passar a tarde aí.



Abraço!

Tirando o visto de estudante em Dublin

Antes de viajar já tinha lido muitos blogs contando sobre como tirar o visto de estudante e foi uma mão na roda chegar em Dublin já sabendo tudo que deveria fazer.

As informações já estão batidas por essa blogosfera de meu deus, mas não poderia deixar de contar aqui como foi minha experiência também! ;)

Depois de fechar o curso com a U-Learn School, eles encaminharam para minha casa uma carta que eu deveria apresentar na imigração do aeroporto junto com meu passaporte e passagem de volta. 

Era uma carta de 2 folhas com informações do período do curso, do seguro governamental e contato pessoal de um dos responsáveis da escola para qualquer esclarecimento necessário.

A passagem pela imigração foi muito tranquila, chegamos do vôo de Istambul e fomos os últimos da fila. Seguimos juntos para o guichê e o irlandês muito simpático pediu nossos documentos e me perguntou o motivo da viagem (meu namorado tem passaporte italiano e ele só carimbou), respondi que era estudos e entreguei a carta da escola. O cara estava de tão bom humor que disse que eu tinha que sorrir na foto, fez piadinha com o tempo e desejou boa sorte! 

Chegamos num sábado e na segunda-feira já estava com as cartas da escola para tirar o PPS, a carteira de estudante e abrir conta bancária.

Me aconselharam a ir primeiro no PPS e só depois de receber o documento - demora aproximadamente uma semana - ir ao banco. Em tese essa carta é o seu comprovante de residência.

No PPS foi tudo rápido, peguei a senha faltando apenas 1 minuto para encerrar o atendimento e esperei menos de 1 hora. Difícil mesmo foi achar o lugar, passei duas vezes pela porta e não identifiquei. 
Por que os números de prédios/casas não são mais visíveis, hein? :P

Lá você pega a senha e espera chamarem. Depois entrega os documentos (carta da escola e passaporte), preenche uma folha com seus dados e escolhe duas perguntas estranhas que só entendi o porquê quando tive que ligar para ativar o número do PPS: nessa ligação eles irão perguntar essas coisas e as respostas que você escreveu quando solicitou o documento funcionam como senhas. 

Escolhi as perguntas sobre esporte favorito e sobrenome da minha mãe, quase não lembrava mais, se você for lesado esquecido como eu, anote em algum lugar. E vá arrumadinho porque tiram foto rs, li tanta coisa e só registrei que tiravam foto para o GNIB, estava num bad hair day que irei recordar cada vez que olhar esse documento!

Esperei a cartinha chegar e quando fui no banco abrir a conta, a mulher pediu só a carta da escola e o passaporte! Perguntei se não precisava da carta do PPS e ela disse não! 

Abri a conta e esperei chegar o cartão para poder fazer o deposito. Não deposite o dinheiro na conta sem estar em posse do cartão, questão de segurança.

O cartão chegou e fui no banco depositar o dinheiro e pedir o extrato. Fiz o depósito no caixa eletrônico do Bank of Ireland do Stephens Green, não tem um envelope para isso, coloca o cartão e diretamente as notas na máquina, me dá uma aflição ver cada nota indo embora solta.

Aí você pede um extrato bancário que levará mais uma semana para chegar na sua casa. Sim, nada é muito prático! 

Quando já estava perto do extrato chegar, avisei na escola que iria precisar da carta para ir na imigração.

Finalmente com todos os documentos, fui tirar o GNIB. Cheguei às 10h e esperei cinco horas para resolver tudo, um chá de cadeira memorável.

Achei confuso quando entrei, sabia que tinha que ir ao guichê número 15, mas havia tanta gente e não entendia onde começava ou terminava a fila. Fui na entrada novamente e perguntei onde tinha que ir, não entendi direito as instruções rs, mas acabei encontrando a fila. 

Nesse guichê 15 você apresenta todos os documentos e a pessoa te dá uma senha. Só esperar ser chamado, entregar os documentos de novo e pagar os suados 300 euros do visto no cartão (usei o vtm). 
Depois te chamam numa salinha no final do corredor para tirar as digitais. Um pouco mais de espera e anunciam seu nome, nacionalidade em outro guichê e pronto: GNIB em mãos, etapa do visto concluída e sorrisinho no rosto! ;) 

O processo não é difícil, mas é preciso paciência para tanta carta e disposição para ir ali e acolá


domingo, 19 de maio de 2013

Restaurante Jamie's Italian Dublin

Sou dessas que assistem programas de comida na tv. Menos Namaria Braga, por favor! :P

Daí que nessa coisa de ficar olhando receitas que nunca colocarei em prática, conheci o Jamie Oliver e de cara já curti a proposta da cozinha dele: menos firula, menos marra, mais simplicidade, produtos orgânicos e sabor.

Chegando aqui em Dublin fiquei impressionada como ele é pop: nas prateleiras dos supermercados há toda uma linha de produtos com a cara marca do rapaz, nas livrarias há vários livros de receitas e até em lojas de utensílios domésticos na parte direcionada à cozinha é possível encontrar o selo Jamie Oliver.

Nada mais natural que ter um restaurante do famoso chef inglês por aqui também! ;)

Fiquei feliz quando soube, mas pensei com meus botões "isso não é pra seu bico!", na minha cabeça jantar num restaurante de um chef famoso no mundo todo era coisa que não cabia na minha vidinha de pobre estudante.

A surpresa foi saber que os preços são acessíveis, e surpresa melhor foi ganhar um jantar em comemoração ao meu aniversário nesse restaurante! 

O chef é inglês, mas a especialidade do restaurante, como o próprio nome indica, é a comida italiana. 

Há muitas opções de entradas e pratos principais que me deixaram louca para decidir: tudo parecia tão apetitoso ainda no cardápio!

As entradas custam a partir de 4,50 e os pratos principais a partir de 12,95 euros, ou seja, preços similares a restaurantes no centro da cidade.

Pedimos de entrada a clássica polenta frita com parmesão e romero, mais a cestinha de pães italianos. 

Não lembro os nomes dos pratos, mas pedi a massa do dia que na verdade é a novidade do dia, pois é a opção que não consta no menu fixo, vinha com um molho de tomate e carne - não era bolonhesa - que estava de comer rezando, e o namorado pediu um risotto. 

Para beber e celebrar minhas 27 primaveras, escolhemos vinho (pode pedir por taça, 1/2 garrafa, etc). 

Revelei meu aniversário só depois que os garçons se juntaram para cantar o happy birthday aos aniversariantes e escapei de passar vergonha como eles que terminaram com as bochechas vermelhas hehe. Ainda assim trouxeram minha sobremesa com uma vela e cantamos um parabéns mais discreto! 


O Jamie não irá cozinhar para você, aliás ele nem estará presente no restaurante, mas a comida é tão boa que você nem irá lembrar desse detalhe.

O restaurante fica no Shopping Dundrum em Dublin 14, o ambiente é ótimo, os garçons são simpáticos e atenciosos, um lugar que definitivamente vale a pena conhecer e voltar mais vezes. 

Com todas essas vantagens já dá para imaginar que é concorrido, né? Quem tiver interesse, recomendo reservar mesa. É possível reservar pelo site.

Abraço!

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Kylemore Abbey

A primeira vez que prestei atenção nesse lugar foi assistindo um programa de viagens na televisão uruguaia, na hora lembrei que já tinha visto a Kylemore Abbey nos folhetos de excursões quando estive na Irlanda em 2010, inexplicavelmente não tinha dado muita bola.

Como pode alguém ver uma foto assim e não cogitar uma visita rs?


Pela história e as imagens passadas no programa fiquei muito curiosa para conhecer o lugar.  E a oportunidade se deu nessa viagem ao lado oeste da ilha.

Difícil descrever aqui a sensação de paz que este lugar transmite! Durante todo o caminho vemos paisagens bucólicas, montanhas, lagos, muros de pedras, muito verde, ovelhas por vezes andando pela estrada, pequenas vilas que matem vivo o gaélico,  um cenário bem diferente para quem está vindo da capital.

Tudo em volta da Kylemore Abbey é grandioso, magnifico e a história do castelo construído lá nos anos 1867 e 1871 parece coisa de cinema.





Há uma história de amor que dá um toque especial à visita: um abastado médico inglês mandou construir esse castelo divino como presente de casamento a sua amada esposa. 
A família Henry desfrutou da tranquilidade e beleza desse lugar por apenas 4 anos. Numa viagem do casal ao Egito, a mulher contraiu uma doença e faleceu aos 45 anos.

O casal tinha 9 filhos e após a morte trágica de Margaret Henry, o marido apaixonado vendeu a propriedade e voltou para a Inglaterra.

Antes da venda, ele construiu uma linda catedral em miniatura com estilo gótico localizada a poucos metros do castelo em homenagem à esposa



A propriedade foi adquirida pelo duque e duquesa de Manchester, e anos depois pela comunidade de freiras beneditinas irlandesas. As freiras transformaram o prédio em abadia e por alguns anos funcionou uma escola para meninas das famílias mais influentes da Europa e Asia. 

A visita conta ainda com um enorme jardim vitoriano. 

Casa do jardineiro.

O dia que fomos não estava muito agradável para passeios ao ar livre, chovia e ventava bastante, ainda assim pegamos o ônibus que leva ao jardim e passeamos um pouco pelos caminhos com as flores aparecendo timidamente e nos abrigamos numa das estufas quando a chuva ameaçou cair mais forte!
                                          
Só assim look louca para me proteger do vento! Esse guarda-chuva quebrou - o segundo - e finalmente me convenci que eles que não foram feitos para serem usados na Irlanda! :/



Acho um passeio super recomendável, vi muitos comentários reclamando da simplicidade do  interior do castelo, que tudo é meio sem graça e tal, mas com toda essa paisagem do lado de fora e tanta coisa para sentir num lugar especial como esse, não consigo encontrar argumentos para não conhecer a Kylemore Abbey!




O lugar só fica menos mágico pelo valor da entrada: 12,50 adultos e 9 estudantes. Mais informações nesse link! :P

P.S: excedi a cota de fotos por post! 

Abraço!

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Cliffs of Moher

Era o lugar que tinha mais vontade de conhecer aqui na Irlanda.

E mesmo com as expectativas lá nas nuvens, achei os Cliffs of Moher ainda mais incríveis do que cheguei a imaginar. 

Dos quatro dias que reservamos para fazer essa viagem apenas no sábado a previsão indicava um pouco de sol e eu queria mesmo ver essa maravilha com o céu azulzinho!

Então, confiamos e fomos no sábado! Chegamos um pouco antes das 11h e o sol estava lá todo sem vergonha, lindo demais. 



Pagamos a entrada (6 euros comum / 4 euros para estudante) e começamos a trilha para o lado esquerdo, o inicio é bem tranquilo e tem uma barreira de proteção que passa realmente uma sensação de segurança para estar ali contemplando toda a beleza dos cliffs.



Mas ela acaba em poucos minutos de caminhada e a maioria das pessoas seguem, nós seguimos, com as devidas precauções, é claro! 
Não conseguimos ir muito longe porque apesar do lindo dia, havia um vento como nunca vi na vida! Não conseguia andar se não fizesse força, mal podia ficar com os olhos abertos e voltamos.

Encontramos um lugarzinho onde o vento não incomodava tanto, ficamos admirando, tirando fotos e depois fomos ver a exposição do centro turístico do parque e comer algo.


Um susto com a baguete de alface, ovo, tomate e maionese por 4 euros! Compramos suco e dividimos essa baguete ryca para enganar a fome até podermos buscar um lugar mais justo para comer. Dica: leve seu lanchinho rs.

Saindo do centro pegamos a trilha para o lado direito, por sorte o vento já não era um problema e pudemos fazer todo o caminho. 
Desse lado temos uma noção melhor dos 8km de extensão dos cliffs: uma vista de tirar o folego!





O parque é também uma zona de proteção especial por abrigar a maior colônia de aves marinhas da Irlanda, são 20 especies diferentes vivendo nessa região.

Os cliffs estão a 120 metros de altura sobre o oceano atlântico e os pontos mais altos podem chegar a 214 metros, realmente  impressionante! E é nessa parte mais alta que está a torre O´Brien que parece um castelinho e foi construída em 1835, pagando 2 euros é possível subir, mas não subimos. 




Há passeios de barco para quem quiser curtir tudo desde o mar. 

Os barcos saem do pier de Doolin e são duas opções de passeio: a primeira com duração de 1h navegando pelas margens dos cliffs e a segunda inclui essa navegação mais um passeio pela Aran Island e dura aproximadamente 4 horas.

A primeira opção custa 15 euros e fiquei com muita vontade de fazer o passeio, mas num dia com pouco vento e talvez um tantinho menos frio. 

Quem tiver interesse pode consultar o site da O' Brien Line.

Ah, juro que não entendo como as pessoas se arriscam tanto tirando fotos, eu achava tudo fantástico, mas não perdia o medo cuidado que um lugar como este requer, com que necessidade chegar nas bordas? 

Tiramos fotos lindas sem colocar nossa vida em risco em nenhum momento (algumas fotos podem até parecer que estou na ponta do despenhadeiro, mas é só porque meu fotografo é bom hehe).

                   Encontre as pessoas com as perninhas balançando no precipício! :P
             

                            Essa se inclinava toda e as amigas seguravam a alça da bolsa!

Não é por falta de aviso...


Para terminar deixo a cena do filme Harry Potter e o Enigma do Príncipe que foi gravada no Cliffs of Moher (sou fã rs! Os cliffs aparecem a partir de 1:18).



Abraço! ;)

Onde comer em Clifden: Off The Square

Se voltar algum dia a Clifden é certo que irei ao Off The Square novamente!

Clifden é uma cidadezinha pequena, bem cuidada e com aquele ar de todo mundo se conhece aqui

O centro é praticamente formado por uma avenida principal e mais duas ruazinhas curtas que a cortam! E é nesse pedaço que encontramos as opções de restaurantes e pubs.



O casal da guesthouse que estavamos hospedados recomendou esse restaurante e depois de darmos algumas voltas na cidade, resolvemos seguir a recomendação!

Chegamos e na mesa ao lado haviam 3 brasileiros já pagando a conta e fazendo elogios ao chef. Me entusiasmei, porque né? Ver 3 compatriotas falando bem da comida em português e inglês do jeito que gostamos de reclamar só pode ser um bom sinal rs!

Pedi um salmão - pela cara do prato nunca ia desconfiar que seria um dos mais gostosos que já comi até hoje, sério! - com vegetais e meu namorado um tipo de hambúrguer (um pão aberto com a carne envolta em queijo e bacon) com salada, batata frita e um molho da casa. 

Os preços são bons, o prato mais caro do cardápio custa 20 euros, o pessoal que atende é simpático e o lugar é agradável para almoçar/jantar.

Gostamos tanto que não deu nem para tirar foto da comida! :P